domingo, 8 de novembro de 2009

Partes

Nunca fui uma criatura inclinada para o negativo, nunca quis estar mal, nunca quis criar mal.
Minha reações são tardias, mas não menos intensas. Eu não sou minha aparência. O corpo é frágil, perecível, minha alma não é tão digerível como minhas células.
E ainda são as circunstâncias que me tornam partes; mãos para trabalhar, olhos para chorar, cérebro para pensar, pele pra sentir, dentes para tentar sorrir.

3 comentários:

Yu disse...

Dia após dia percebo assim como você que o ser humano atual é o monstro de Mary Shelley, o qual é incompreendido e ignorado por uma sociedade cega e perdida em meio as suas tolices consumistas e ao egoismo fatal. Cada sentido que temos é reservado para algo, porém nos dias atuais estamos envoltos a uma tempestade de sensações que nem sempre são em sua maioria boas. Somos fadados a dor e a tristeza que nos culmina em decorrência de fracassos, solidões ou mesmo por não vivermos o que desejávamos. O sentido da vida não é mais com base no planejamento, mas sim no deixe viver, sem medo de morrer.

Felipe disse...

"E assim é o resto de cada pedaço de outros alheios."
A frase não é minha, eu acho. Tenho quase certeza que li em algum lugar, mas resume bem a minha opinião a respeito.


bjos

Anônimo disse...

muy belo muy belo....
porem muy triste...
como uma menina ja me disse um dia
a vida é triste....
entao pq nao encarar a tristeza como algo normal??? e quem sabe um dia num tenhamos breves momentos de felicidade.