Quando durmo minha mente me trai.
Me leva aos lugares de minha infância e me traz os rostos familiares que já não convivem comigo. Me traz o gosto das lembranças de anos atrás, de amigos que se distanciaram, os momentos que se eternizaram, dos dias quentes e frios da minha cidade natal...
Me lembra da risada gostosa de tantas pessoas que riram comigo, também do choro, presentes em dias felizes e tristes...
Me lembro do meu antigo quarto; da disposição da cama aos posteres pendurados, dos dias de ressaca ali passados, das músicas que eu ouvia e dos sonhos que tinha em meu travesseiro.
E estes sonhos não são os que eu tenho hoje.
Hoje minha mente me reserva lembranças ao dormir, e rememorar de forma "viva" todas as minhas memórias, das doces as mais cruéis, me lembro que outrora eu sonhava com liberdade, unicórnios, fadas e castelos e que agora só me cabe, com um tom lisérgico, me entregar a nostalgia de sonhar.
E é com um gosto levemente doce e amargo que sonho com coisas que vivi e com o futuro incerto que ainda não tracei.
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