Deixei as portas abertas
pro vento entrar, varrer tudo embora Deixei as portas abertas, pra ver se alguém entra e bagunça minha casa A brisa sempre traz algo além E cá estou eu polinizada, fecundada pelas primaveras Ainda deixo as portas abertas, para ver se o vento leva o fruto para longe, para outra terra Metamorfoseio os ciclos, E entre verões, outonos e invernos, Floresço, desfaleço e seco, e ainda mantenho as portas abertas Pra ver se aquilo que nutre outrem, E insiste em apodrecer nos galhos, germina em outros solos, mais férteis |
terça-feira, 21 de abril de 2015
Presságios de uma primavera
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