terça-feira, 21 de abril de 2015

Entre cafés e esperas

No fundo da borra de café vislumbrei tantos futuros,
Na ausência de orgulho,
Busquei-o no fundo da xícara

Bebi desta melancolia revigorante,
com corpo e olhos cansados,
Desenhei milhares de rostos na espuma restante

Mirei a mim mesma
E encontrei angústia,
Me entorpecendo de cafeína

Traguei o gosto amargo,
E junto ao futuro ali reservado
Degluti também ansiedade

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