Pela primeira vez depois de tantos dias deixou escapar algumas lágrimas dos seus olhos. Já tinha tempo em que evitava pensar... Em tão pouco tempo sentia como se seu coração tive-se sido bombardeado com balas de canhão, e que nesse momento nada poderia remedia-lo, afinal onde estão todos aqueles dos bares, noites de boemia, quando não se sente mais vontade?
Sentia-se estúpida por deixar que como ratos, pessoas passassem por debaixo de sua "porta", comessem do seu trigo e que mais sorrateiramente ainda, tivessem partido. Não entendia. Em que ponto a sua conduta fora errada, as tantas perguntas sem respostas, o imenso vazio da espera entre os segundos, que passaram a ser minutos, por fim horas, dias, semanas, meses, anos...
Ainda tinha ilusões, de que em algum ponto de sua medíocre existência pelo menos uns poucos sorrisos fossem verdadeiros e duradouros. Sentia-se como a roupa favorita, depois de desbotada, usada, "esquecida" em algum canto, fora de moda.
As vezes queria acreditar, que em algum outro pedacinho de terra nessa ou em alguma outra galáxia distante, teria alguém, como ela, em mesmo estado de agonia, querendo engolir o universo, mas sem poder, engasgando nos próprios medos, ficando com apenas palavras travadas na garganta.
E de quem mais seria a culpa, a não ser sua?
Fechou os olhos, soluçou, limpou com o lençol algumas lágrimas persistentes, que tentavam de certa forma esvair a dor, fitou o teto e adormeceu.
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3 comentários:
A solidão é algo passageiro como uma nuvem de chuva no verão, pois quando ela passa, nada mais percebemos, apenas ficam as lembranças de outrora, de momentos que consideramos pesados como chumbo e castigantes como o frio intenso.
Não tiro sua razão de pensar assim, pois nós seres humanos estamos fadados na eterna cenóide da felicidade e da tristeza, como uma roleta russa que ora estamos fadados em alívio ou de uma dor que penetra nossas mentes como uma bala cujo o estampido é inesquecível.
As emoções são as únicas coisas que nos fazem perceber que estamos vivos, que ainda estamos vivendo nesta terra tão envolta em constantes conflitos, sendo existenciais ou mesmo paralelos a nós.
A vida é como uma xicara de chá, tendo momentos em que está doce demais ou simplesmente amarga.
Gostei do seu texto, envolvente e nada dramático. Parabéns! ^_^
As vezes me sinto exatamente assim..
Olho pro mundo e quero abraçá-lo, quero que ele seja meu.. quero que a minha história seja como a dos filmes mais lindos... mas no meio do caminho me embolo com algumas palavras necessárias pra essa caminhada.
Acho que o medo nos torna fracos, e a gente fica de um todo choroso...
Eu não sei.. mas é tão estranho!
Texto bacana, coerente com a realidade dos meus últimos dias.
Parabéns! ^^
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